Conheça as principais dúvidas sobre a baixa visão
Baixa visão, também denominada visão subnormal, é uma condição ocular em que uma pessoa tem uma visão limitada. que não pode ser corrigida por óculos ou lentes de contato convencionais, medicação ou cirurgia.
Pode ser causada por uma série de fatores, incluindo degeneração da retina, lesões na retina, glaucoma, catarata avançada e outros problemas de saúde. As pessoas com baixa visão geralmente têm dificuldade em realizar tarefas simples, como ler, dirigir e reconhecer rostos.
Considera-se baixa visão ou visão subnormal, quando o valor da acuidade visual corrigida no melhor olho é menor do que 0,3 e maior ou igual a 0,05 ou seu campo visual é menor do que 20º no melhor olho com a melhor correção óptica (categorias 1 e 2 de graus de comprometimento visual do CID 10) e considera-se cegueira quando esses valores encontram-se abaixo de 0,05 ou o campo visual menor do que 10º (categorias 3, 4 e 5 do CID 10).
Fonte: Ministério da Saúde
Os tipos mais comuns de baixa visão são:
- Perda de visão central (não ser capaz de ver as coisas no centro de sua visão);
- Perda de visão periférica (não ser capaz de ver as coisas com o canto dos olhos);
- Cegueira noturna (não ser capaz de ver com pouca luz);
- Visão embaçada ou turva.
Quando uma pessoa apresenta acuidade visual de 0,05 a 0,3 no melhor olho, considera-se que ela tem baixa visão. Assim, de acordo com a OMS a baixa visão é classificada da seguinte forma:
- 20/30 a 20/60: leve perda de visão ou próximo da visão normal
- 20/70 a 20/160: baixa visão moderada
- 20/200 a 20/400: baixa visão grave
- 20/500 a 20/1000: baixa visão profunda
- Inferior a 20/1000: quase total deficiência visual, próximo da cegueira
- Nenhuma Percepção da luz: total deficiência visual, cegueira total
O que é a Acuidade Visual?
A acuidade visual trata-se da medida em fração usada para saber a distância que o olho é capaz de enxergar. Dentro disso, existe um termo usado para expressar quando a acuidade visual é normal: visão 20/20.
A visão é considerada normal no que diz respeito à clareza e nitidez quando, a uma distância de 6 metros, a pessoa consegue enxergar bem. Ou seja, você tem visão 20/20, você pode ver claramente a 20 pés o que normalmente deveria ser visto a essa distância. Assim, é possível ter uma visão melhor que a 20/20. Quem tem visão 20/10, por exemplo, tem uma visão duas vezes mais nítida comparada com uma pessoa com visão normal 20/20.
Fonte: LENSCOPE
De acordo com a CID-10, define-se baixa visão ou visão subnormal quando o indivíduo apresenta acuidade visual corrigida no melhor olho menor que 0,3 e maior ou igual a 0,05 ou campo visual menor que 20º no melhor olho com a melhor correção óptica (graus 1 e 2 de comprometimento visual).
Suas causas podem ser:
Congênitas: já ocorrem no nascimento, por exemplo: corioretinite macular por toxoplasmose; muitas vezes são de origem genética, familiar, como retinitis pigmentosa, glaucoma congênito, catarata congênita, etc.
Adquiridas: por doenças adquiridas, como diabetes, descolamento de retina, glaucoma, catarata, degeneração senil de mácula, traumas oculares.
O CID H54 indica que o paciente apresenta algum tipo de deficiência visual, em um ou nos dois olhos, com particularidades determinadas de acordo com a subcategoria.
- H54.0: Cegueira, ambos os olhos
- H54.1: Cegueira em um olho e visão subnormal em outro
- H54.2: Visão subnormal de ambos os olhos
- H54.3: Perda não qualificada da visão em ambos os olhos
- H54.4: Cegueira em um olho
- H54.5: Visão subnormal em um olho
- H54.6: Perda não qualificada da visão em um olho
- H54.7: Perda não especificada da visão.
Fonte: Morsch Telemedicina
Infelizmente, a visão subnormal geralmente é permanente, não tem cura. Óculos, medicamentos e cirurgia não podem curar a visão subnormal – mas às vezes eles podem melhorar a visão, auxiliando na realização das atividades diárias com mais facilidade ou impedir que sua visão piore.
Low vision
É unânime que a cegueira total é capaz de aposentar de maneira definitiva os trabalhadores que contam com qualidade de segurado pelo INSS, uma vez que a se trata de uma doença considerada grave pela legislação. A cegueira, inclusive, dispensa o cumprimento de carência por 12 meses da aposentadoria por invalidez.
No entanto, é importante saber a diferença entre cegueira total e parcial. A última consiste em uma limitação parcial da visão e pode ser dividida em dois tipos:
- monocular: a pessoa é cega de apenas um olho, seja do olho esquerdo ou direito;
- baixa visão: há redução da visão em ambos os olhos, que pode mudar conforme o grau de cegueira.
Muitas vezes, essas duas limitações geram dúvidas nas perícias médicas do INSS, já que elas não geram a incapacidade definitiva em profissões que não exigem uma visão apurada.
No entanto, em profissões em que visão é essencial para o desempenho das funções — como é no caso de taxistas, caminhoneiros, fotógrafos, editores de imagens ou cirurgiões —, não há dúvidas de que a cegueira parcial, ou em apenas um olho, é capaz de causar a incapacidade para o trabalho.
Em ambos os casos, tanto a cegueira monocular como a baixa visão, a carência de 12 meses deve ser cumprida.
É válido ressaltar, ainda, que a aposentadoria por invalidez — o benefício ao qual a pessoa cega tem direito — é concedida no valor de 100% do salário de benefício até a data de sua concessão se o segurado completou os requisitos até a Reforma da Previdência em 13/11/2019.
As condições para a concessão de aposentadoria para pessoas com deficiência dependerão do grau da deficiência, que é avaliado por meio de uma perícia médica e avaliação social.
O perito preenche um formulário do Índice de Funcionalidade Brasileiro Aplicado para Fins de Aposentadoria (IFBrA). Na prática, esse é um sistema de pontuação que define as limitações inerentes à deficiência e o grau de deficiência de acordo com os seguintes pontos:
- deficiência leve: entre 6.355 e 7.584;
- deficiência moderada: entre 6.354 e 5.740;
- deficiência grave: 5.739 ou menos.
Por exemplo, se uma pessoa tiver uma cegueira parcial — como uma baixa visão —, ela será submetida ao teste IFBrA para conhecer seu grau de deficiência. Caso sua pontuação seja acima de 7.584, ela não será considerada deficiente pelo INSS e não terá direito à aposentadoria por incapacidade.
Fonte: Marly Fagundes Adv
1. Be My Eyes (Android | iOS)
O Be My Eyes é um dos aplicativos para deficientes visuais mais famosos da Internet. Funciona como uma rede de apoio entre pessoas que enxergam e deficientes visuais, promovendo videochamadas para que um usuário com visão perfeita descreva a um cego um objeto apresentado.
2. Eye-D (Android | iOS)
Esse aplicativo não serve para ajudar deficientes visuais a acessar a Internet, mas sim para fazer com que eles possam identificar seus arredores ao sair na rua de um jeito simples e rápido, uma vez que os textos são convertidos em falas. O aplicativo é gratuito.
3. Ubook (Android | iOS)
O Ubook disponibiliza mais de 1000 audiolivros em seu catálogo pelo valor de R$ 18,90/mês. As obras podem ser encontradas em diversos gêneros literários, o que facilita muito o acesso de deficientes visuais a livros na Internet.
4. CPqD Alcance (Android)
Outro aplicativo que facilita o acesso de deficientes visuais à Internet é o brasileiro CPqD Alcance. Ele conta com narração automática da tela e auxílio na maioria das funções do smartphone, como fazer ligações, checar a porcentagem da bateria, acessar contatos, SMS e arquivos. O interessante é que não há necessidade de cadastro para usar o aplicativo, uma vez que ele mesmo se transforma na interface do celular.
É possível baixar o CPqD Alcance em smartphones com Android 4.0 ou superior.
5. Google BrailleBack (Android)
Esse aplicativo para deficientes visuais foi desenvolvido pelo próprio Google e permite que eles contem com uma mistura de braille com falas para entender os elementos da tela do Android. As falas guiam o usuário até cada ícone da tela, enquanto o teclado em braille pode facilitar a navegação no aplicativo.